UBER É CONDENADA APÓS FALA HOMOFÓBICA DE MOTORISTA

Justiça condena Uber a pagar indenização de R$ 2 mil a usuário vítima de LGBTfobia em BH.

Motorista do aplicativo chamou o passageiro de 31 anos de "bicha" e "veadinho" durante uma corrida. Caso aconteceu em 2019. Uber diz que "defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e justiça para todas as pessoas LGBTQIA+".

"Foi muito constrangedor. Senti uma mistura de raiva, porque eu tinha sido convidado para um evento cultural, estava vestido como um artista queer, maquiado, estava em um dia bom, e impotência, porque o que eu poderia fazer? O que mais me deixou frustrado foi o fato de a empresa ter tirado o corpo fora", disse a vítima ao portal G1.

De acordo com a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), responsável pela defesa do passageiro, ao ser informada sobre o caso, a Uber não ofereceu respostas satisfatórias nem informou os dados do motorista, alegando que só poderia repassá-los mediante ordem judicial.

Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em favor da criminalização da homofobia e da transfobia. Desde então, essas condutas passaram a ser enquadradas como crime de racismo.